terça-feira, 29 de janeiro de 2013

MARCIA MENDES


A CANECA DE ÁGATE
Marcia Mendes

Na lembrança
Encontro a bacia antiga de metal,
A caneca de ágate rachada,
O tacho de cobre brilhante,
O abanador de palha dependurado,
Sobre o fogão de lenha maltratado.

O mar muito verde
Da rede, meu olhar menino encontrava
Testemunhando a poesia com ternura cantada
Com a voz que a emoção embargava
A docilidade, meu avó ensinava.

Ali morava a jaqueira, a pedra,
O pé de abio doce e o regato quase seco
A solidão desta manhã fecundou a fértil memória
Da menina sardenta e magrela
Que de tranças sonhava descalça
Com um amor maior que seu avô.

Um dia cruzei o tempo
No espelho a quase senhora
Enxerga o eco das vozes
Das velhas lembranças de outrora
Silente neste poema
A saudade me devora.

RASTROS
Marcia Mendes

A lua branca antecipou-se na tarde gris,
Entre as flores que brilham
Plantadas no azul,
Tão azul do céu de dezembro...
Solstício de inverno próximo,
Prenunciando o verão urgente.

Acendi minha alma
Com todo o amor que consegui sentir
Resgatei, do meu baú de guardados,
A esperança.
Renovei desejos,
Adormeci todas as dores,
Deitei no travesseiro da ilusão
E sonhei a felicidade.

Fechei meus olhos para as trivialidades
Até que pudesse enxergar
As coisas que realmente importam
Vaidade?
É invólucro da alma que cega...
Hipocrisia?
É mentira em ato,
É a insinceridade do sincero
Que arduamente vive
Verdades sangrentas.

Perdoei, sorri
Cresci para fora do meu desespero
Na dor, alarguei minha visão.
Não quero a mediocridade,
Contorno da moderação,
Não!...
Meu desejo vai além das pequenas felicidades
Coleciono borboletas na alma
E amo...
Amo tudo que me torna mais do que sou.

Ousei enxergar através do véu da consciência
Onde habitam minhas forças mais primitivas
- Instinto, mote de meus desejos.
Foi aí, que dancei com vento
Nua sob aquela lua...
Naquela tarde.

Brinquei no mar,
Como a menina que fui...
Voei com as aves marinhas
Contei as flores do céu...
Brinquei de esconde-esconde
Com meu próprio rosto no espelho.
Com as linhas do passado,
Desenhei o futuro,
Mastiguei o tempo.

Tive a alma desassossegada no inverno
Bebi água dos temporais
Caminhei em conchas quebradas
Vinquei o cenho e mascarei a dor...
Tomei chá de algas na casca do caracol que encontrei na praia
Vomitei rancores
Todos!

Não ...
Não espero que a vida seja flor sem espinhos
Ganhos sem frustrações
Delícia sem dor
A morte passa e não deixa rastros

A cada despertar de uma nova ilusão
Caminho mais cuidadosa entre as picadas
- Das densas florestas por onde passo
Sempre tive olhos de Argus
Tendo a exata percepção
Que tempestades, vem e vão,
Incontroláveis

Fortaleci-me a cada insegurança...
Vivendo intensamente os vãos da calmaria
Movimentei-me sobre as vagas,
Das mais diversas intensidades,
Até que a certa me pousasse em porto seguro

Presa fácil da paixão e do belo
Respiro a arte que se apresenta
Amadureço com luminosidade
Sou hoje parte de mim que sobreviveu ao vento de ontem
E a criança que um dia fui
Ainda está comigo
Presente a cada tempestade
- A cata das pétalas que despencaram do meu ser
Ajudando o recomeço.

Não quero viver por acidente.
Não, isso não!
E a morte...
Que venha no momento certo
No instante preciso de minha hora

Abraço minha solidão.
Quando estou só, sou eu mesma no meu silencio
Mas peço, peço, peço!...
Que ninguém venha roubar-me esta solidão
Sem ser companhia...
Hoje a vida me tirou pra dançar
E eu aceitei o convite.

MORTE
Marcia Mendes

Papel em branco?
Não temo.
Temo a morte que tem cara feia
Que faz o coração se soltar do peito
E sangrar
E doer...

Morte tem cara?
Chega sem que se espere
Entra sem ser convidada
Suspendendo amores
Interrompendo dizeres
Levando pessoas
Sei lá pra onde...
Trazendo saudade.

Mal-educada, atrevida, insolente!
Morte é fio cortado
É esquina dobrada
É rosto escondido
Dona Cotinha, carpideira convicta
Diz que já viu:
É mulher, veste preto e cheira a terra
Pro padre ela não tem rosto.

Pensando bem morte deve ser homem
Veste branco e cheira a flores.
Somente ela foi capaz de acabar
Com dores intermináveis,
Sofrimentos inaceitáveis,
Viveres mortos,
Isolamento de tudo...

É a morte um exílio?
Não sei, pode ser...
Só sei que
Não sei morrer.

ANJO NEGRO
Marcia Mendes

Numa manhã de sol tímido
Mar brando rumorejando ao fundo
O impalpável da paixão,
Tocou-me como a brisa
Indefinível, etérea, suave...
Transubstanciação da mais profunda essência,
Dos mais rudes e antigos instintos,
Vontades que impelem e agitam as almas.

Senti seu gosto no beijo
Seu cheiro, seu toque
O seu calor...
Cobriu seu corpo de conchas...
Desejos eram expelidos
Pelos poros da sua pele
Colhi-os todos -
Florimos em amor
No mar.

Mas foi no calor da tarde
Que olhei seu corpo,
No definitivo silencio supremo da expressão
Belo macho, ancas marcadas,
Carnes firmes,
Com toda a sua mulatice –
Ensinou-me a navegar
Por mares distantes
Des-conhecidos...
Corpos entrelaçados
Mergulhamos em águas profundas
Sem medo...

E no frescor da noite
Deitado na areia úmida
Meu anjo negro dormia
Depois de experimentar os venenos
Guardou a quintessência...
A inefável loucura de cultivar na alma
A força sobre-humana do amor

Suas asas aqueciam meu corpo
Seu hálito respirava o meu hálito
Seus olhos viam os meus olhos
Voamos por entre nuvens de prata,
Sob o céu florido de estrelas -
Clareado pelo luar.

Despertei alta madrugada
O céu, um azul inominável
A lua prateava o mar
E a maior estrela que habitava o céu naquela noite
Jogou-se na areia! ... extasiada ...

Meu corpo saciado,
Ja-zia,
Enfeitado de algas verdes e corais,
Por suas mãos -
Sábias...
De firmeza e-xa-ta...

O silencio presente,
De efeitos decisivos,
Revela nas entrelinhas
Mais que palavras efetivamente pronunciadas...
Eros gravou nossos nomes
Na areia branca daquela praia
Daquele mar calmo,
Que de tão verde pintou-me os olhos...

A maré subiu
Nossos nomes não mais foram apagados
Marcados já estavam
No desconhecido do universo
Na totalidade do ser, na totalidade da vida...

Possuímos a verdade da alma
E a verdade do corpo
Na indeterminância da travessia
De sermos nós.

IANSAN
Marcia Mendes

Oyá, soberana senhora
Beleza encantada da natureza
Murmúrio de devoção e proteção
Do redemoinho das canções dos ventos
Fulgura... insolente dama
Figura de estonteante beleza
Flameja e perfuma os ares,
Quando tudo aquilo em que se acredita             
Torna-se a mais perfeita realidade.

Dança, senhora, dança...
Dança a chuva e avermelha o vento
Colore o dia, varre a tristeza
Vivifica emoções
Surge altiva na madrugada
Clareia os espaços por onde passa
Cega os olhos com quem guerreia
Congela olhares, atiça o fogo
Aprisiona com seu remelexo
Todos os corações desatentos.

Reina, senhora, reina...
Reina única nos nove céus
Raio-mulher que incendeia a paixão
Desejo incontido, louco desvario
És coração batendo mais forte,
És vida...
Rosto de silencio e olhar rascante
Umedece os corpos e os entrelaça
Na tempestade mágica do amor

Olha, senhora, olha...
Com olhar que magnetiza quem ousa fitá-la
Deusa negra de tantos deuses
Falta de medo e total fascínio
Delírio das estrelas
Seu amor é amor enciumado
És impulsão sem limites
És fogo ardente, semblante que encanta,
Explode em fogueira ardente de sedução
A fúria da paixão incontida

Rodopia senhora, rodopia...
No vendaval que antecede o aguaceiro do fim de tarde
És raio que ilumina, amor que enlouquece
És mistério jamais revelado
Dos repentes e explosões descontroladas
Rasga o peito dos amantes
Com rosas vermelhas da paixão sem limites

Atiça senhora, atiça...
Nasce do fogo seu desatino
Move os ares e avermelha o céu
Mulher indomada da sinceridade
Veloz como o tufão
Espalha a magia do amor
Faz do caçador
Eterna presa
Segredo da vida e da morte
Da guerra e da paz

Protege, senhora, protege...
Guerreira poderosa dos mistérios do entardecer
Erva prata que brilha nas noites de luar Senhora do tempo...
Pura magia da brisa que refresca a tarde quente
Anoitece o dia e mostra sua fúria
Nas tempestades das emoções de todos nós
Maga da luz Senhora que vive em mim,
Iansan Oyá de mim.

O DESCONHECIDO
Marcia Mendes

Mar preguiçoso, imponente,
Moço galante!
Caminho descalça,
Sobre os grãos brancos, finos e frios,
Da areia
Nesta fresca manhã de novembro
Que foi pintada com as cores da melancolia.

O Tempo passa
Trôpego, lento, carcomido por si mesmo
Encolhido...

As gaivotas rasgam o céu,
À procura de alimento
As vagas quebram o silencio -
Impossível dos oceanos
Minha sombra, me duplica
Denunciando a tristeza
De minha alma inquieta

Penso - sem querer pensar
Na vida que me come inteira.
E a dor que range no peito,
Transborda em rio de lágrimas
Que deságua no mar da desilusão.

Meus mistérios ressoam na música que ouço
E no vento cortante que me sangra o peito.
Tenho a impaciência dos fracos,
O amor por virtude,
E a incerteza que não sei sentir...

Tive um bardo que me recolhia o pranto
Um abraço que me apertava o tanto
O beijo que me atingia a boca, o corpo, a alma
O bálsamo certeiro que drenava
Qualquer coisa da minha dor
Não mais...

Passa o desconhecido,
Maltrapilho, cabisbaixo, triste
Começa o dia
À procura da droga que o sacia
Da sede do tudo que o fez ranger de horror

Vida, vida, vida...
Inútil, fútil, servil
Esperança que se esvai no tranco
Que sofremos nas noites sombrias
De nós mesmos.

Sento na areia e cruzo os braços
Senta o homem também
Nos olhamos mutuamente
Naquilo que primeiro se mostra

Nossos olhos se acham...
E no espelho, nos reconhecemos
Humanos, irmãos, iguais
Cada qual com sua sina
A flor da morte se aproxima
Exala seu odor persistente.

No rastro do desamparo
Ele e eu unimos as palmas de nossas mãos
Uma suja, outra limpa
Uma grossa, outra fina
Uma amparando, a outra também.

Sorte ou azar
Cultivamos qualquer planta que ali crescia
Na pureza do sentimento
Quase desgastado...
Do amor

Barcos encalhados na areia...
Do lodaçal emergimos
Da metáfora corrosiva,
Reerguidos!

E com a ganância dos lutadores
Mergulhamos no mar verde da esperança
O desconhecido e eu
Humanos, irmãos, iguais
Em amparo mútuo
Um amando,
O outro também.

VAGUEZA
Marcia Mendes

Velho mar que vem e vai
Que me trazes a cada vaga
De tuas confiáveis marés?
A concha vazia de pérolas
Que se vai e se volta
E rola na areia sem rumo?

Ouço,
Na intimidade do meu silencio,
Teu barulho que fala secretamente aos meus ouvidos O inexprimível do bocado do amor:
Do bocado que sinto
Do bocado que eu dou...

Sem porquês!
Faz tempo,
Deixei meus porquês respirarem...
Suspendi a necessidade de tanto fazer –
Tantos fazeres cegam e aprisionam
Todos!
Humanos, cegos e presos
Sob o céu de milhares de olhos
Distantes, brilhantes, cadentes,
Condescendentes.

Do mar tomo a vagueza, a magia,
E o sabor da poesia que me é ofertada,
O amor que chegou e desconheci,
O desejo que mesmo já fecundado se desgarrou de mim,
Roubo-lhe o movimento
O balançar do corpo solto,
Pra lá e pra cá,
Ao som da canção da saudade.

Acalenta-me saber que há
O reinicio a cada manhã!
Aquele singelo abrir dos olhos para viver o prosaico cotidiano –
Dos pequenos comezinhos,
Que vivo como milagres da existência
Pois prefiro o frescor das descobertas
À indisfarçável discrição.

Rio, choro, desejo, amo,
Se feminino, sangro!
Aquilo que sempre me acompanha,
Se nomeio, me sombreia
Vivo com os sonhos que me movem
E com as ilusões que me comovem.
Prefiro a verdade que me sabe mentir
Caminho nas pedras do real com cuidado, E algum fascínio.
Só há um véu que me separa da realidade
Se dura, mordo com força!
Tomo fôlego e volto aos sonhos
Pois o suportável - só é suporte a certa medida.

Ouso
Se não ouso me perco
O que me fere, como
Se me machuco remendo
E se vivo a remendar-me
É porque sei que meus remendos
Me recompõem
Se sou colcha de retalhos
Posso bem ser tapete mágico
Que me leva aos ares.

Nos altos voos da minha sensibilidade
Dependuro meus olhos
Na nuvem dos meus sonhos
Assisto a beleza e me rendo:
À magia das trevas que fogem com a aurora,
Ao sol dourando o céu crepuscular,
À estrela que quase pego
À lua ainda se ajeitando para iluminar a noite
Ao encanto da flor que se abre em pétalas,
À dança das luzes...
E quem sabe um dia
Ao ascender à alma,
Encontre o Amor que criou isso tudo?!
Marcia Mendes

A MULHER QUE VIVE AQUI
Marcia Mendes

Depois de sentir a dor da dor se formando no peito
Esperei o tempo da primeira lágrima se formar
Solucei o sentimento
E soltei todo o pranto contido
Da vida inteira...
Quantas lágrimas retidas...
Quanto choro não chorado...
Quanto cinza escondido
Nas dobras da vida bandida...

Deixei que o vento me varresse a alma
Em todas as esquinas e cantos
Que venha a chuva e me lave toda
E libere o tão contido coração
Para que pule, corra e até pare
Pois que já, o cansaço é tanto...

No céu, a gestação da chuva
Em perfeita e rápida evolução
O fogo dos raios que clareiam o chumbo,
Rasgam o escuro e mergulham
No oceano da melancolia
Que encolhe e alanceia a alma.

Subo no rochedo debruçado ao mar
Com a força da águia enfrento a tempestade
Há um anjo dentro de mim
Que me leva ao mundo dos sonhos
E livra-me do vazio do amor
E de tudo que sem ser arma
Choca e fere.

Dentro do trovão há um silencio,
Gostoso de se ouvir...
Embalada no sonho do anjo
Durmo a ilusão de ser feliz
Para acordar depois
De coração pacificado

Já desperta, canto
Canto, canto...
Canto para seduzir a alma
No beiral do oceano aberto
Como a sereia reclinada à pedra
Que com a sonoridade do amor
Colore o cinza que passou

Ah silencio...
Que tanto tens a dizer?
Ouço a sonoridade do vento
Sinto o perfume do amor
Planto as flores da esperança
Fascínio e sedução
Magia e arte se incumbem
De achar o precioso perdido
Da mulher que vive aqui.

FANTASIA
Marcia Mendes

Tive lágrimas que não soube chorar
Dores que não consegui sentir
Mágoas que não se fizeram palavras
E silêncios que nunca se calaram.
Conheci pausas no centro de calmarias
Passei por tempestades quentes e ventos gelados
Como o inverno no alto daquela cordilheira
Só, eu e minha alma
Que à época, nos desentendíamos
O bom é que, como amantes no auge da paixão
Nos reconciliávamos rapidamente
E fazíamos amor por longos dias
Até nos aquecermos, mutuamente.

Conheci saudade presente,
Amores prementes,
Desamores urgentes
Presenças absolutamente ausentes, 
Que me ensinaram o que é solidão
Tive um tempo que não conseguiu passar:
Longos dezembros, curtos janeiros
E maios que nunca chegaram
Vi primaveras sem flores
E verões ge-la-dos...

Viajei pro estrangeiro
Encontrei um mundo de sentimentos e emoções
Desconhecidos ...
Travei batalhas sem soldados
Me perdi em labirintos
Mas não soube ser uma Ariadne!

Vi um céu de dragões flamejantes,
Comi maçãs envenenadas
Antes de ser Lilith , fui Eva
Nadei em rios e não vi espelhos
Afundei em mares
Encontrei Poseidon fora do templo
Nunca conheci a deusa,
Tampouco fui Medusa.

Mudei de ares,
Encontrei relevos,
De perfeitas imperfeições
Dancei tangos sem musica
Boleros sem companhia
Senti perfumes sem flores
Vi monstros onde só havia a bruma do que desconhecia
Como fui cega diante de coisas tão essenciais?

Avistei Cronus que me deu boas lentes
Equilibrei-me no fio de aço
Ganhei um guarda-chuva
Aprendi a tecer redes de proteção
Eu e minha alma encontramos o compasso
Da vida, da arte e do amor
Crescemos
E dos resquícios
A poesia ficou.

CANÇÃO E POESIA
Marcia Mendes

Caminho à margem do teu rio,
Que não é calmo,
Em trilha de areia áspera
Onde o vento zune
E o mar se esconde
Na concha dos teus lábios,
Frementes...

Amasso as folhas secas do regato
Arfa a onda e me clareia o dia
Tua imagem recente guardo no meu peito
O som da voz ainda fala aos meus ouvidos
O sorriso largo põe à mostra os dentes
Magia da noite que lenta se aproxima

Cumpre viver sem saber o fim
Com alguma compostura,
Deixo secreta nossa paisagem
Sob um jardim azul de lilases
Que espalha aroma por novos ares
Do embrião onde começa a vida.

Um risco maduro de se correr
O céu testemunha meu silencio
E mudo, ri de mim...
O universo finge que não ouve
A onda se levanta
A vida avança, soa o florim
E o tempo oscila por detrás da nuvem
O que ainda é só canção e poesia. 
Marcia Mendes

4 comentários:

  1. É tudo muito lindo
    Que dá vontade de imitar
    Mas o trabalho me chama,tô indo
    Depois lhe posto pra comentar!

    Perdoe-me o chiste, a ousadia,
    Com inspiração não costumo brincar
    Já no primeiro,vi-me sonhando de dia

    Porém influencio-me, fácilmente
    E com sua caneca de ágathe,
    Penso: avô? Posso ser eu, docemente!

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    Respostas
    1. Obrigada, Renato! Se bolinei suas emoções fico feliz! Continue a escrever!! Rsrs bjuss

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  2. Amiga, poetiza de vida e da escrita.
    Parabéns pela sua obra.
    Beijos no coração.

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