sábado, 12 de janeiro de 2013

LUCILIA DOWSLLEY


POEIRA NA ESTRADA
Lucília Dowslley
12.06.2012

É a morte ainda em vida adeus sem som aceno olhar
Que me fere e eu ainda faria amor mais uma vez
A última vez sem hesitar até extasiar
É esta instabilidade a sensação de mãos atadas
A impotência no controle na transformação
Dos acontecimentos que nos envolvem...
Não, ninguém possui nada, pura ilusão
Sei, não sou o único a sentir assim
Apenas mais um na multidão e então
Quando me dissolvo a cada eco dos eus sorrindo olhar
Nitidamente percebo mais uma trilha a me aventurar
Sigo só, eu e minha moto
Sou o sol rasgando a estrada entre montanhas
Longe ainda olho para trás saudade de você em mim
Parece que isso não tem distância muito menos fim
As asas partidas sangram mapeiam o que fui
Alguma parte no seu peito ficou grudada
Versos libertos voo dos corpos amantes
Solto e frívolo na sua voz eu te amo fragilizou-se
Numa brincadeira comum dizer sem sentir
Sabia eu ser o seu gosto seu gozo mentir
Não importa, quem sabe, apenas se você...
Deixa pra lá, sigo só, eu e minha moto
Achei ser o sol, mas não, eu sou apenas um de seus raios poesia
Veloz por tempo e espaço explodindo poeira na estrada.

UM SONHO NO OLHAR
Lucília Dowslley

Pessoas atraem pessoas aleatoriamente
Moléculas em movimento fluente
Um além-mar que não percebemos
Segue o Tao suavemente
Caracol escondido do sol
Nasce cresce e vive
Retornando girassol
Nos raios gira e dança
Na direção da luz
O caminho pode ser expansão
Pode ser introspecção
Siga a chave mestra
Orquestrando no ser
Intuitivo coração
Lá nos sonhos
Pessoal melodia
Escrita nas estrelas
Já sabe o mapa
Se não decifrou
Mais motivos para estar aqui
Emoção, aventuras, percepção
Limites há tempos para trás ficou
Espuma, sol, pessoas, anzol
Normal, anormal, real, ilusão
Em suas mãos o dom da decisão
Erros acertos na tábua da relatividade
Deslize entre os extremos
Equilibre-se no meio
Brisa assoprou
O voo nas asas
Desconhece o medo
Navegante do mar
Chegando a areia sabe
Seu amor vai revelar
Ondas, ondas a circular
Todo o azul já contem as gotas
Toda gota um sonho no olhar.

TINTA
Lucília Dowslley

O que faço?
O que faço eu só vou responder
Se for da minha vontade.

Nos meus atos união, elevação
Inspiração, consciência tranquila.

As cores que pinto?
Cores da vida
Cores do amor
Cores do ser.

Poesia, arte, melodia
Livremente fazer.
É isso que propago
E por isso nada devo, nada pago.

Se saio de cara
Com tinta pelos dedos
O que vão pensar?
O que vão falar?

Ah! Que sou artista
Ou pintora de parede,
Cartaz, muro, rodapé.
Que estava a roupa tingindo
Ou entornei esmalte
E saí fingindo
Que nada disso acontecia.

Sei lá o que vão pensar.
Só sei que é tinta azul.
O que importa é o que faço
Dos meus sentimentos,
Dos meus atos (coloco fé)
Se aniquilo ou abraço
Se continuo ou desfaço
Se liberto ou amasso.

Faço como tinta
Na cara do palhaço
Com fantasia canto poesia
Piruetas sorrisos coloridos
Vou no compasso
Da melodia com emoção
Tomando o espaço
Do sorriso no coração.

Deixe a tinta escorrer
Deixe o corpo pintado
Deixe a alma colorir.

Se saio de cara
Com tinta no dedo
O que vão pensar?
Como vão olhar?

Pensem que sou artista
Que fui e não voltei
Que surtei de vez
Que sou infantil
Ou tenho bloqueio na mente
Que não tenho higiene que sou diferente
Sei lá, sei lá só sei que é tinta carmim.

O que importa é o que faço
Dos meus sentimentos dos meus atos (coloco fé)
Se bloqueio se lanço
Se corto se estanco
Se fluo se manco

Aí está a diferença
Quem faz guerra quem paz faz
Se o mundo está de cabeça para baixo
É melhor plantar bananeira
E seguir no picadeiro
Colorindo os dias
Sei do que posso do que não quero
Do que não gosto do que sou capaz.
Faço como tinta
Na cara do palhaço
Com fantasia canto poesia
Vou no compasso
Da melodia com emoção
Tomando o espaço
Do sorriso no coração.

SINO
Lucília Dowslley

Esta previsibilidade
Do que possa acontecer
Esta cheia de possibilidade
Camuflada para poder perceber
A engrenagem da modernidade
O instante pulsar viver
Equilibrando com criatividade
Técnico natureza ser e ter
A balança da novidade
Entre os extremos sem se conter
Movimenta a todos sem limite de idade
Não importando quem vai vencer
Acelera o passo na cidade
O que você quer
Eu também posso querer
Mixadas paralelas realidades
Esvazie a mente
Não tente entender
Escuta, toca o sino sem piedade
O que tiver de acontecer vai acontecer
Doa em quem doer.

BATISMO
Lucília Dowslley

As faíscas na escura noite
Vinham de parte próxima
E ao mesmo tempo distante
O que li nos olhos jamais esquecerei
Como poderia?
Caminhando entre antigas árvores
Sábias mestras das trilhas
Fortaleza em mim estabeleceu
Toda voz pode se calar
Sozinha eu não estarei
Chama que se incendiou
Lamparina do meu ser
Vou além-véus
Flutuante dos anéis
Sigo mais acima o farol
Aponta-me grande pena
Instrumento prometido
Palavras douradas num carrossel
Envolvem—me tatuando a alma
Estrelas se movimentam
Formam um lago espelhado
Curvo-me
Vejo a minha imagem
Um nome se formando
Mergulho em mim
Ouço em coro chamarem:
“Desperta POETA”
Agora uma única voz
Suave ao pé do ouvido
Antes dos olhos abrirem:
“Acorda Poeta”.

PROFILE
Lucília Dowslley

Já não cabe nas palavras
Todo sentimento transbordando
Nas lágrimas gratidão.
Não, nada capaz de desintegrar
Esta partícula de amor
Viajando nos espectros do meu ser.
Quero um brinde fazer
Galopando nos versos
De uma poesia livre.
Muito além de qualquer convenção
É o que manifesto rompendo algemas
Por séculos além-dimensão espaço tempo.
Esta é a minha vida e digo sim.
Mais do que tudo. Mais que o querer.
É o grito do meu ser.
Eu sou poeta.

TRAÇOS
Lucília Dowslley

Palavras coloridas que se perderam no branco nada vazio
Poderiam criar asas desenhar novo mundo de traços originais
Delinear projeções aspiradas por jovens poetas dos sonhos
Aqui na Terra e um pouco além,
Saber que um desejo pode ser mais que vontade
Quando o pulso vem explodindo paixão, essencial espectro divino
Sopro na alma de todo ser que um dia aqui passou sensibilizou amou
Simples assim e por isso mesmo complicado,
Por isso e mais além se aventurar
A matemática da criativa existência
Deslocando- se entre dois estreitos caminhos
A chave mestra da vida aqui agora tempo espaço ser estar equilibrar
Um celebrar de vozes a tilintar no ar, fazer viver valer um brinde à poesia.

TEU NOME
Lucília Dowslley

E se príncipe eu for
Escondido neste frágil corpo
Tão pequenino
Causando em ti apenas
Um leve apego singelo
Chorarias a noite toda
Sentindo ter perdido
Para sempre do amor o elo
Ocultarás teu verdadeiro sentir
Enclausurar-te-ás na torre da solidão
E ainda que eu te traga
Doces melodias compostas
Alados seres encantados
Magia e formosa fantasia
Sonhos, carisma, poesia
Ainda assim tua rispidez não retiraria
Porque o mais sentir
Pelo externo do teu querer
Ego humano escaldado
Por paixões elevadas da ilusão
Dominar-te-iam
Oh! Doce face serena criança
Não queres crescer?
Sou em ti teu próprio príncipe princesa
Jardim de realezas
A tudo posso oferecer
Não sabes ou finges?
Pois sei que já sentistes
No teu resistente pulsar
O sol em junção com a lua
Derramar sinais gotejantes estrelas
No céu desta noite
E tão alto a ponte
De anjos em missão visam te confortar
Luminares de trilhas sombrias
Sopram no ouvido
Tua térmica melodia
Olhas no vértice prateado
Estarão além-sonhos
Vasto índigo manto
Cobrindo todo o pranto
Em mar espelhado se transformando
Cavalga branco robusto corcel
Tu Renasceste principado
Desprezo de culpas
Avarezas turbilhões
Corrosivos nocivos
Então não sabes ainda
Na alma o teu nome?
Vais para fora agora
Não contentes mais nada
Entregas nas linhas
Pisantes do destino
Caminhas na Terra
Espalhas ao mundo
Luz em sonhos apaixonados
Delírios de um vivente
Agora, sem mais adiar digo-te
Assumas: teu nome é POETA.

PELOS CHÃOS DO PARAGUAI
Lucília Dowslley

Pés azuis me guiaram pelos chãos do Paraguai
Tererê na mão saciando a sede do corpo
Palavras alimentando a fome de conhecimento da alma

Pés azuis me guiaram pelos chãos do Paraguai
Ver a realidade das ruas do Centro, do Mercado
Perceber certa semelhança com os países do Sul América
Precárias condições, crianças no trabalho, idosos sofridos
Sobreviver pra viver. Isso é viver?

Pare, pare pra reconhecer
Um pedaço de cada um em nós
Um único ser.

Pés azuis me contaram de seus sonhos, seus ideais
Semelhantes, iguais aos meus: união, liberdade, solidariedade
Paz, na prática, quanta diferença faz
No dia a dia destas crianças pedindo, fazendo o que for
Preciso, possível por uns guaranis.

Pés azuis me guiaram pelos chãos do Paraguai
Mostraram, cantaram, contaram, emocionaram
Somos todos sonhadores poetas artistas da vida.

Seja no Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina
México, Peru, Chile ou qualquer país Sul Americano
Central, Norte ou de outro continente, plantar a semente
Criar células deste amor para transformar a realidade social, econômica
Converter a cultura de massa, quebrar o funil modelador
E com justiça, trabalho, dignidade, alimentação, amor.
Vivermos em união, em paz.
Com pés azuis pelas nuvens no céu de nossas consciências.

CARMIM
Lucília Dowslley

Algo estranho talvez perigoso
Algo semelhante, mas desconheço está se aproximando

E se eu disser que tenho medo
Se eu me ajoelhar confesso réu
De olhos fechados acreditando tocar os céus

E se eu me espelhar em fatos passados
Recolocar os anéis mesmo sabendo que não somos fiéis
A criação do mundo, as dádivas da natureza
As divindades celestiais, aos espectros cromáticos

Como são cruéis os arranha-céus
Vistos daqui debaixo nesta hora de correria
Os caminhos daqueles que não vestem as regras ditadas
Mãos atadas cheias de ataduras
Não há proteção nem mesmo armadura

Como são árduos os encontros
Daqueles que libertam as asas do ser
Na ilusão dos próprios passos poderem viver
E os pobres marionetes alinhados a rotina
Cegaram as suas mentes adormeceram seus sentidos

E se eu puder mudar as peças
Inverter os valores
Gritar verdades adormecidas
Fazer valer a lei da causa e efeito
Valorizar os resgates
Suplicar por amparadores
Despertar consciências?

E se você viesse algo mudaria pelo menos para mim
O meu coração aceleraria retiraria as celas mordaças
Os ecos dos não stop no acrescentaria um pouco de sim
Oh meu Deus! Lembra os dias ecoavam sem limites
Foram as escolhas que há muitos eu fiz todos nós fizemos
Não tenha pena parece que não tem fim
Nãooooooooooooooooooooooooooooooo!

Soa bem fino como um violino lacrimejando ao longe
Raso segredo dá um frio na barriga um arrepio um medo
Vontade de sair correndo, atirar-me num abismo
E vestir-me de noite

Sons da alma chamam os meus passos lentos
Desprendo-me das asas
Despeço-me das máscaras
As janelas abertas fragmentos luz penetra
Os meus olhos azul sem limites na terra no céu em mim

Um encontro nada carnal
Não seria eu ser humano normal
Por criar personagens no meu viver?
Vesti a fantasia para poder esquecer as duras pedras
Não são muletas nem desculpas
Só a minha própria sombra a revelar se na luz

Vou te dizer sinceramente acredite
Nada foi por mal nada foi para machucar

Não quero ser aquele que apagou as estrelas
Pisoteou os sonhos
Pichar de carmim os pés
Silenciou os ventos e calou se quer as estrelas

Retiro-me, mudarei o caminho
Não sou flor sem espinho sou sozinho em muitos sonhando
Um pouco do além do previsível, além da capacidade, do permitido
Sou só alguém que amou e esqueceu se de fechar a porta.

Só sabe mesmo da dor quem sente a dor em si.

PROMESSAS
Lucília Dowslley

Promessa de um longo dia
Que não se pode esperar
Ilusão na fantasia
De quem precisa acreditar.

Os pés sujos
As mãos vazias
O olhar calado
Quer gritar.

A dor da gente
Não se abafa
Com panos quentes
Luxúria, diversão
Entorpecentes
Ou pedaço de pão.

Para estancar o sangue
E as lágrimas que escorrem
Basta mais que olhares
Esmolas ou sermões.

Quem se importa?
É a dor da gente
Que sente
O coração sangrar
O corte na carne
A morte em vida.

Você não vê
O sonho desencantar
No pesadelo que vivemos
Obrigados acordados.

SUBMUNDO OBSCURO
Lucília Dowslley

Eu não tenho um lar
Eu não tenho uma família
Eu não tenho um nome
Perambulo pelas ruas da cidade
Perambulo sem rumo sem direção
No canto do olho onde quase ninguém presta
Atenção porque não me enxergam
Disfarçadamente escorre uma lágrima
Uma lágrima em forma de grito
Rola pela minha face como se rompesse o silêncio
E todo espaço escuro num raio de revolta
Um raio de emoção indescritível
Um raio de dor deixando manchas vermelhas
Marcas de um caminho dolorido
E ainda existe uma criança
Uma criança no meu coração
Que sente medo, fome, frio
Ainda estou assustado

Ninguém percebe isso
Escrito nos meus olhos, na minha face
Como um presidente do submundo obscuro
Minha vida repassa em feixes
De cenas que deixaram marcas eternas
E agora chega o momento do juízo final
O estrondo que disparou não foi apenas
O de uma lágrima correndo na minha face
Como um grito desesperado pedindo socorro
Mas sim o de uma cena forte mas comum
Comum neste mundo injusto e cruel
Um disparo...
Uma bala disparada...
Uma bala disparada acertando o alvo...
O alvo caindo ao chão...
No chão eu...
Eu criança roubando para sobreviver
Como um presidente do submundo obscuro.

CACHOEIRA
Lucília Dowslley

Minha cachoeira
Corre corredeira
Água na ladeira
Vai lavando a gente
Toda lá por dentro
Leve fica o peito
Desta choradeira
Que a vida corre
Corre a vida inteira
Se mergulha fundo
No fundo é amor
Tudo que se sente
Brota na semente
No sonho ou na mente
Vislumbrando o dia
De raiar contente
Sente transparente
Gota reluzente
Espalhar seu canto
Isso é inerente
Designadamente
Nada que se entende
Corre consequente
Ciclo que é corrente
Independentemente
Daquilo que se sente
Flui fonte incandescente
Além do consciente.

PARTE II

Se não compreende
Feche os olhos tente
Tudo é vazio
Trocando formato
Constantemente
Tempo e espaço
Já tão transparente
Na alma escorre
Fonte inesgotável
Elemento agente
De toda emoção
Rege equilíbrio
Razão voz poesia
Coração canção.

TRIPULANTES
Lucília Dowslley

Lanço-me
Um pouco além de mim
Navega um barco assim
Dois são os seus viajantes
No mar esfera circulante
Não assim tão distante
Encontra-se presença latente
Luz feminina anima
Todo tripulante
Por demais ser envolvente
Ao redor outras importantes
Imaginadas criaturas
Também deste meu universo
Criptográfico particular
Um crisol a filtrar passantes
Vagando distantes
Destruidores, errantes
Da Terra, do criador
Mulher dilacera além-carmim
Conforto no mineral espelhado
Sinal da Paz repousa e contempla
Nas penas de uma garça
Bandeira ali hasteada
Um eco liberta
Anuncia um novo tempo
Na mesma face
Lágrima a descer
Traz a vida nova vida
Futuro a prometer
Já vai chegando então
No ar lançando a rede
Um velho pescador
Vê-se a lua em seu cabelo
Fio a fio prateando
Outro com seu barco
Logo adiante
Limite vai rompendo
Não do físico mas por dentro
Das ondas turbulentas
Correnteza das profundezas
Nas linhas do horizonte
Mistérios ainda turvos
Para os seres viventes
Aprendizes do verbo amar
Então se falo do mar
Gotas do azul vão rolar
Porque assim é a vida
Assim a vida é
E mais próximo do que todos
Um menino a pensar
Que rumo seguir
Onde vai chegar
Se vai acertar
E escolhas são como
Grãos de areia na praia a contar
E esta história não tem fim
Bela por isso a existência
Em essência somos nós
Cocriadores desta arte
Colecionar conchinhas, caracóis
Palavras corações mapas
Na montagem da peça final
Viver navegar amar é preciso.

FLAMEJANTE
Lucília Dowslley

Estou solto nas ramificações da terra
Pés no barro, esbarro nas sombras.
Sou uno com a imagem serena
E ao mesmo tempo selvagem.
A energia em labaredas impera.
Toco outros seres, eles somem, miragem.
Outros aparecem comigo interagem.
Todo o pulsar no meu plexo solar.
Tambor ritmado com a fera.
Sopro correndo pelos vales.
Solto pelo espaço meus ecos de voz e canto
Encanto que não sei descrever.
Sou eu dançando nas cores
Pureza descoberta, leveza.
Há nenhum sinal de temor
Há uma incansável vontade de viver
Um flamejante fogo do amor
E esta sensação de nunca ter fim
Esta melodia, esta viagem em mim.

 NO MEU PEITO O SOL
LUCÍLIA DOWSLLEY

O sol desceu pelo meu peito dourando todo corpo
Montanhas do meu ser sombreadas revelam o caminho
Recordo em sonhos os passos diluídos na areia do tempo
É aqui exatamente onde estou que deveria e quero sentir
Mais que desejo, vontade infinita transbordante
Além do horizonte linhas que se fazem a cada giro da esfera
Um mistério entre raças e espécies guardado além-mar
Viajantes do tempo, aventureiros nas ondas, se lançam
Escala sonora além-dimensões, oitavas transmutarão
Todo sentimento de dor, toda necessidade do corpo
E pelos quatro cantos do mundo, um clarão há milhões anos luz
A todos envolverá com a força do homem índio da terra
Transbordando os cinco elementos em equilibrada união
O que eu sou eu sou eu sou aqui estou.

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